É com grande entusiasmo que a Turismo Centro de Portugal aplaude a rápida evolução da Rota dos Vinhos da Beira Interior. Esta iniciativa, que em boa hora foi criada, é já um contributo fundamental para a promoção dos vinhos de uma região vitivinícola tão interessante como é a Beira Interior – a qual está finalmente a deixar de ser um segredo bem guardado para constituir um trunfo consolidado na promoção do Centro de Portugal.

Milhões de turistas procuram todos os anos Portugal e, apesar do revés que constitui a atual situação pandémica, acreditamos que em breve o fluxo de viajantes será retomado. Com uma diferença significativa: os viajantes vão escolher tendencialmente destinos pouco massificados, onde se sintam seguros, e vão procurar experiências complementares e que os enriqueçam. Ao reunir estas duas condições, o enoturismo na Beira Interior dispõe, assim, de uma promissora oportunidade de afirmação.

À sua atratividade natural, a Rota dos Vinhos da Beira Interior alia também a capacidade de dinamizar produtos com uma ligação perfeita ao enoturismo. Experiências turísticas ligadas à gastronomia, à natureza, à cultura e às tradições de um território, onde pontificam gemas raras como as Aldeias Históricas, podem e devem ser diferenciadoras e marcar os visitantes de forma expressiva.

Os vinhos e o enoturismo são produtos turísticos estratégicos para o Centro de Portugal, diferenciadores e que denotam um elevado potencial de crescimento. Esta é uma região onde, desde sempre, existe uma ligação íntima com as vinhas e o vinho. Alicerçado em rotas que mostrem o magnífico território da região, o enoturismo tem a capacidade de fixar visitantes durante vários dias e durante todo o ano, combatendo a sazonalidade e, sendo, ao mesmo tempo, uma atrativa fonte de receita complementar para os empresários e para as famílias produtoras de vinho.

A importância que o enoturismo assume para o Turismo Centro de Portugal está presente na estratégia de promoção desta entidade. Para a década entre 2020 e 2030, está previsto um aumento da visibilidade do enoturismo, integrado no pilar estratégico “Cultura, História, Património, Gastronomia e Vinhos”. Ao apostar neste produto turístico diferenciado, em parceria com as Rotas de Vinhos e com as Comissões Vitivinícolas, o Turismo do Centro assegura um lugar prioritário para o enoturismo no investimento e na promoção turística da região.

Este é, seguramente, o caminho a seguir!

Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal